Telescópio Gigante de Magalhães terá novo investimento de US$ 205 milhões

Recursos de seis instituições, incluindo a FAPESP, serão utilizados para acelerar a construção de sete espelhos primários e a instrumentação científica do GMT (foto: GMT)

Elton Alisson | Agência FAPESP – O Telescópio Gigante de Magalhães (GMT) receberá um novo investimento de US$ 205 milhões do consórcio internacional de instituições participantes do projeto com o objetivo de acelerar a construção.

De acordo com porta-vozes do GMT, o investimento representa uma das maiores rodadas de financiamento do telescópio e terá a participação da FAPESP, da Carnegie Institution for Science e das universidades Harvard, de Chicago, do Texas em Austin e do Arizona, dos Estados Unidos.

Os recursos que as seis instituições se comprometeram a empenhar serão usados para avançar na construção da estrutura de aço do telescópio, além dos sete espelhos primários e de um dos mais avançados espectrógrafos – que dispersa a luz com altíssima nitidez em cor – integrante da instrumentação científica do GMT.

“O financiamento resultará na fabricação dos maiores espelhos do mundo, na montagem do telescópio gigante e em um instrumento científico que nos permitirá estudar a evolução química de estrelas e planetas como nunca antes”, disse Robert Shelton, presidente do GMT.

A FAPESP aportará US$ 45 milhões para a construção do megatelescópio por meio de um projeto especial coordenado por Laerte Sodré Junior, professor do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo (IAG-USP).

O financiamento garantirá aos pesquisadores brasileiros um tempo preestabelecido de uso do telescópio para o desenvolvimento de estudos.

“Estamos conseguindo atingir um sucesso extraordinário no desenvolvimento de instrumentação para o GMT. Neste momento, a área de engenharia de sistemas do projeto está sob a nossa responsabilidade”, afirma Sodré Junior.

Nova geração de telescópios

O GMT está em construção no Observatório Las Campanas, no deserto do Atacama, no Chile, e fará parte de uma nova geração dos chamados “telescópios extremamente grandes”, baseados em terra e projetados para fornecer clareza e sensibilidade sem precedentes na observação de fenômenos astrofísicos – como as origens dos elementos químicos e a formação das primeiras estrelas e galáxias.

O design do GMT combinará sete espelhos, com 8,4 metros de diâmetro cada, para criar um único telescópio de 25 metros de diâmetro que será capaz de produzir as imagens mais detalhadas já obtidas do Universo.

O megatelescópio terá dez vezes a área de coleta de luz e quatro vezes a resolução espacial do Telescópio Espacial James Webb (JWST), lançado no espaço no final de 2021 e cujas primeiras imagens começaram a ser divulgadas nas últimas semanas. Além disso, será até 200 vezes mais poderoso que os telescópios de pesquisa existentes hoje.

Essa resolução angular sem precedentes, combinada com espectrógrafos revolucionários e câmeras de alto contraste, funcionará em sinergia direta com o JWST para possibilitar novas descobertas científicas.

A ideia é que o GMT permita dar o próximo passo no estudo da física e química das fontes de luz mais fracas no espaço que o JWST identificará. Isso inclui pesquisar as atmosferas de planetas potencialmente habitáveis em busca de vida, estudar as primeiras galáxias que se formaram no Universo e encontrar pistas que desvendarão os mistérios da matéria escura, energia escura, buracos negros e a formação do próprio Universo.

“Estamos trabalhando com alguns dos mais brilhantes engenheiros e cientistas nas principais instituições de pesquisa do mundo”, disse Walter Massey, presidente do conselho do GMT e ex-diretor da National Science Foundation (NSF) e presidente do Bank of America.

“As recentes contribuições de nossos parceiros de investimento no Telescópio Gigante de Magalhães estão coletivamente ampliando os limites da astronomia, tornando o futuro uma realidade e nos permitindo responder a alguns objetivos científicos importantes”, afirmou.

O GMT já alcançou um progresso significativo na construção nos últimos anos. Seis dos sete segmentos de espelhos primários foram lançados em Tucson, no Arizona. O terceiro segmento de espelho primário completou sua fase de polimento de dois anos e está passando por testes finais. Além disso, a construção da instalação para fabricar a estrutura do telescópio está concluída, a produção do primeiro espelho secundário adaptativo do telescópio está em andamento na França e na Itália e o local no Chile está preparado para a próxima etapa de construção e lançamento da fundação.

Segundo porta-vozes do projeto, esta nova rodada de investimento de US$ 205 milhões posiciona o Telescópio Gigante de Magalhães como um dos primeiros de uma nova geração de telescópios extremamente grandes a serem construídos. A primeira luz – como é chamada a obtenção das primeiras imagens por meio de um telescópio – está prevista para o final desta década.

“Seis fundadores do Giant Magellan Telescope trabalharam juntos para fechar a lacuna financeira entre os recursos que atraímos para construir o telescópio e o que é necessário para completá-lo”, disse Eric Isaacs, presidente da Carnegie Institution for Science.

“Este investimento aproximará o telescópio da primeira luz e fornecerá ao mundo um conhecimento transformador do nosso Universo. A Carnegie está orgulhosa de ter iniciado o esforço de financiamento e de ter trabalhado em estreita colaboração com nossos pares”, avaliou.

Elton Alisson | Agência FAPESP – O Telescópio Gigante de Magalhães (GMT) receberá um novo investimento de US$ 205 milhões do consórcio internacional de instituições participantes do projeto com o objetivo de acelerar a construção.

De acordo com porta-vozes do GMT, o investimento representa uma das maiores rodadas de financiamento do telescópio e terá a participação da FAPESP, da Carnegie Institution for Science e das universidades Harvard, de Chicago, do Texas em Austin e do Arizona, dos Estados Unidos.

Os recursos que as seis instituições se comprometeram a empenhar serão usados para avançar na construção da estrutura de aço do telescópio, além dos sete espelhos primários e de um dos mais avançados espectrógrafos – que dispersa a luz com altíssima nitidez em cor – integrante da instrumentação científica do GMT.

“O financiamento resultará na fabricação dos maiores espelhos do mundo, na montagem do telescópio gigante e em um instrumento científico que nos permitirá estudar a evolução química de estrelas e planetas como nunca antes”, disse Robert Shelton, presidente do GMT.

A FAPESP aportará US$ 45 milhões para a construção do megatelescópio por meio de um projeto especial coordenado por Laerte Sodré Junior, professor do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo (IAG-USP).

O financiamento garantirá aos pesquisadores brasileiros um tempo preestabelecido de uso do telescópio para o desenvolvimento de estudos.

“Estamos conseguindo atingir um sucesso extraordinário no desenvolvimento de instrumentação para o GMT. Neste momento, a área de engenharia de sistemas do projeto está sob a nossa responsabilidade”, afirma Sodré Junior.

Nova geração de telescópios

O GMT está em construção no Observatório Las Campanas, no deserto do Atacama, no Chile, e fará parte de uma nova geração dos chamados “telescópios extremamente grandes”, baseados em terra e projetados para fornecer clareza e sensibilidade sem precedentes na observação de fenômenos astrofísicos – como as origens dos elementos químicos e a formação das primeiras estrelas e galáxias.

O design do GMT combinará sete espelhos, com 8,4 metros de diâmetro cada, para criar um único telescópio de 25 metros de diâmetro que será capaz de produzir as imagens mais detalhadas já obtidas do Universo.

O megatelescópio terá dez vezes a área de coleta de luz e quatro vezes a resolução espacial do Telescópio Espacial James Webb (JWST), lançado no espaço no final de 2021 e cujas primeiras imagens começaram a ser divulgadas nas últimas semanas. Além disso, será até 200 vezes mais poderoso que os telescópios de pesquisa existentes hoje.

Essa resolução angular sem precedentes, combinada com espectrógrafos revolucionários e câmeras de alto contraste, funcionará em sinergia direta com o JWST para possibilitar novas descobertas científicas.

A ideia é que o GMT permita dar o próximo passo no estudo da física e química das fontes de luz mais fracas no espaço que o JWST identificará. Isso inclui pesquisar as atmosferas de planetas potencialmente habitáveis em busca de vida, estudar as primeiras galáxias que se formaram no Universo e encontrar pistas que desvendarão os mistérios da matéria escura, energia escura, buracos negros e a formação do próprio Universo.

“Estamos trabalhando com alguns dos mais brilhantes engenheiros e cientistas nas principais instituições de pesquisa do mundo”, disse Walter Massey, presidente do conselho do GMT e ex-diretor da National Science Foundation (NSF) e presidente do Bank of America.

“As recentes contribuições de nossos parceiros de investimento no Telescópio Gigante de Magalhães estão coletivamente ampliando os limites da astronomia, tornando o futuro uma realidade e nos permitindo responder a alguns objetivos científicos importantes”, afirmou.

O GMT já alcançou um progresso significativo na construção nos últimos anos. Seis dos sete segmentos de espelhos primários foram lançados em Tucson, no Arizona. O terceiro segmento de espelho primário completou sua fase de polimento de dois anos e está passando por testes finais. Além disso, a construção da instalação para fabricar a estrutura do telescópio está concluída, a produção do primeiro espelho secundário adaptativo do telescópio está em andamento na França e na Itália e o local no Chile está preparado para a próxima etapa de construção e lançamento da fundação.

Segundo porta-vozes do projeto, esta nova rodada de investimento de US$ 205 milhões posiciona o Telescópio Gigante de Magalhães como um dos primeiros de uma nova geração de telescópios extremamente grandes a serem construídos. A primeira luz – como é chamada a obtenção das primeiras imagens por meio de um telescópio – está prevista para o final desta década.

“Seis fundadores do Giant Magellan Telescope trabalharam juntos para fechar a lacuna financeira entre os recursos que atraímos para construir o telescópio e o que é necessário para completá-lo”, disse Eric Isaacs, presidente da Carnegie Institution for Science.

“Este investimento aproximará o telescópio da primeira luz e fornecerá ao mundo um conhecimento transformador do nosso Universo. A Carnegie está orgulhosa de ter iniciado o esforço de financiamento e de ter trabalhado em estreita colaboração com nossos pares”, avaliou.

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